terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Solitário

Fugaz.
Sem pudor,
sem medo,
Sentido de arrepio.
Somado a ebulição.
Sentinela negra,
subterfúgios vorazes,
sob a decima melanina,
simbolizando o apocalipse,
salutando por guerra.
Sabendo amar.
Soberano em despudores,
sigo sendo sádico, 
semeando surrealismos.
Sim. 

A Vigésima Quimera

Sei que em alguma parte de minha arrida caminhada me perdi, é uma pena que não consiga me achar dentre tantos devaneios tardios, talvez a próxima rua que cruzarei eu não reconheça mais o caminho, sempre me perco e não me acho, isso chega a ser irritantemente necessário se perder em si mesma e ser totalmente sem concordância e ate mesmo entrar pra dentro em malditos pleonasmos.
A última coisa que me lembro e que havia em mim uma pura felicidade, existia em mim um melado sorriso de canto e uma áurea iluminada de certeza, que em cada canto e a cada rua que passava projetava por entre meus curtos fios de cabelo a iluminação de um raio em dia de chuva coberto pela escuridão das camadas de gás. E isso acontecia por algo, sim, tenho certeza disso, mas não me recordo do que acontecera, minha mente vaga por entre os vazios de minhas histórias, não consigo encontrar um elo que me ligue a nada, qual será o motivo de torpe felicidade, qual será o motivo de me encontrar?
A cada esquina, a cada badalada, a cada poeira, a cada desistência me sinto mais distante de mim, passo a correr pelos caminhos em labirintos passos, caminho em círculos, aquela rua ali...eu já passei por aqui?Não tenho ideia de onde estou, de quem sou, só sinto uma maleita, uma estupida fadiga, meu corpo lateja, minha cabeça...minha cabeça dói. Quero me jogar em um leito e adormecer, talvez assim eu me encontrarei em sonhos.