sexta-feira, 3 de julho de 2009

Vingança das Palavras

Não consigo escrever, não tenho nada pra contar, o vazio de creças, imagens e histórias se cesaram, nao consigo colocar as palavras em ordem, mas o que é ordem também? Tenho inúmeras perguntas em minha mente e nenhuma delas consigo responder. Será que as palavras se revoltaram contra mim, será? Sei que nem imagino as tuas ordens, nem as tuas concordancias....
Eu concordo que meu pensamento é desonroso para com as tuas nascentes e que a minha cultura não ajuda a pronuncialas e nem ao menos escreve-las como desejas...
Mas, palavra me deixe ao menos tentar juntar as tuas sílabas? Preciso poder escreve-las novamente...
Como viverei sem escrever?
Preciso de praticar a ortografia, de preposicionar as preposições, de ajuntar os adjuntos, sejam de nomes ou não, sem as palavras não consigo substanciar os meus adjetivos e nem negar meu pronomes...
O mundo caiu na minha cabeça em forma de dicionário sem ordem... as palavras se vingaram da minha caneta!
Sinto muito Palavras...Mesmo sem palavras, tentarei escrever meus anseios, sentimentos e quimeras de mim....
Ainda possuí carga, a minha caneta!

Fernando Pessoa, 3-9-1924.

Ah quanta melancolia!
Quanta, quanta solidão!
Aquela alma, que vazia,
Que sinto inútil e fria
Dentro do meu coração!
Que angústia desesperada!
Que mágoa que sabe a fim!
Se a nau foi abandonada,
E o cego caiu na estrada
-Deixai-os, que é tudo assim.
Sem sossego, sem sossego,
Nenhum momento de meu
Onde for que a alma emprego
-Na estrada morreu o cego
A nau desapareceu.

Morte

morte s. f.
1. Acto!Ato de morrer.
2. O fim da vida.
3. Cessação da vida (animal ou vegetal).
4. Destruição.
5. Causa de ruína.
6. Termo, fim.
7. Homicídio, assassínio.
8. Pena capital.
9. Esqueleto nu ou envolto em mortalha, armado de foice, que simboliza a Morte.
De má morte: que não presta para nada.
De morte: com ódio figadal; mortalmente; que só acaba com a morte.
Morte civil: estado do que perde todos os seus direitos civis por pena infamante.




Adivinha de qual morrerei??

A espera do Adeus!




Sabe aquele dia em que você acorda e se pergunta! O que eu faço aqui?


Me sinto assim... ao ouvir meu telefone tocar nasce uma esperança de poder ouvir uma voz confortável e doce...Mas não, mais uma vez é engano!


Todos dias meu telefone toca e eu sempre atendo na ansia de ser pra mim, mais nunca é, nunca acontece! Só hoje ja atendi, mais de 7 ligações e olha que ainda são 6h da manha.... Sentada aqui, frente a esse computador me vejo num marasmo de programas internauticos de solidão... Olho na janela e o que vejo é um mamoeiro velho mais que ainda produz mamões!!!


E eu? E eu aqui sentada...olhando pra essa tela sem graça, embaçada o que produzo?...Se desejo salvar o documento?...claro querido word!


A cama desarrumada, me mostra o quao palida e obscura é a minha vida!Minha pele se descascará em nome de uma nova pele, o ascento da cadeira está fundo mais também, eu nunca saio daqui, saude...brindarei a minha saúde hoje! Para beber a minha morte amanha! ... ai fico contando os minutos os segundo e as horas de meu adoravel dia! Doente eu? Não apenas ao lado do telefone....peraí peraí...meu telefone ta tocando...........................oi td bem? Tudo sim...Com quem deseja falar?........ Ah.... tu tu tu tu tu tu tu tu !!! Engano novamente....