domingo, 17 de outubro de 2010

Abismo

Olhando seu sono e sonhando seu sonho, mal percebo teus olhos abertos.



Os lábios adormecidos, as mãos num envoltório fetal. As pernas semi-flexionadas, semblante tranqüilo, anjo.


Respiração profunda, batimentos cardíacos controlados, cabelos longos.


Saio dos lençóis amassados.


O som do atrito de meus ossos te acorda.


Não, não. Não abra os olhos.



Eles me mostram a verdade.

Um comentário:

Unknown disse...

Realmente gostei desse texto. Muito bom!

Não sabia que escrevia tão bem