Criatura sombria de vasto despudor, percorre as mazelas escuras e viela sujas de fedor. Se arrasta por entre os escombros de sua falsa moral, dilacera as entranhas figurativas da escuridão, morbidamente observa os felinos grunhidos da penumbra, brinca com a morte, cria subterfúgios fedentes e utiliza dos feromônios noturnos.
Ora e quem não se presta a tal comportamento por desmedidos momentos?
Essa que arrasta a esquina por entre seus fortes fios de vida, que repousa em qualquer superfície, que supera a própria alteridade do espelho, comete crimes em demasia e se flagela a toda hora. Contando com a pura ingenuidade de apenas viver a vida, que irônico, que despretensão, criatura lamentável, ao mesmo que torna a sua passagem carimbada, se deixa amordaçar pela hipocrisia de Shakespeare. Não estou criticando a obra do grande poeta, apenas ressaltando as fatalística vida dessa criatura, que deseja amar, amar perdidamente, que deseja ser, ou pensando melhor, ou não ser, independente da questão. Aquela criatura que procura um Romeu, um Romeu dos romances que não existe que foi contado, que foi criada e inventada. Essa Julieta é apenas uma brisa escura que acha poder percorrer todos os caminhos e no fim da trilha encontrar o furor da poesia.
Pobre Julieta envenenada por um sentimento, ludibriada pela doce esperança Shakesperiana. E a criatura leitora da teoria, esperava que Julieta respirasse e em longo e profundo beijo se envenenasse pelo amor, sim o amor que cria asas e fabrica vulcões. Mas, a erupção causada pela morte venceu a criatura.
Ora e quem não se presta a tal comportamento por desmedidos momentos?
Essa que arrasta a esquina por entre seus fortes fios de vida, que repousa em qualquer superfície, que supera a própria alteridade do espelho, comete crimes em demasia e se flagela a toda hora. Contando com a pura ingenuidade de apenas viver a vida, que irônico, que despretensão, criatura lamentável, ao mesmo que torna a sua passagem carimbada, se deixa amordaçar pela hipocrisia de Shakespeare. Não estou criticando a obra do grande poeta, apenas ressaltando as fatalística vida dessa criatura, que deseja amar, amar perdidamente, que deseja ser, ou pensando melhor, ou não ser, independente da questão. Aquela criatura que procura um Romeu, um Romeu dos romances que não existe que foi contado, que foi criada e inventada. Essa Julieta é apenas uma brisa escura que acha poder percorrer todos os caminhos e no fim da trilha encontrar o furor da poesia.
Pobre Julieta envenenada por um sentimento, ludibriada pela doce esperança Shakesperiana. E a criatura leitora da teoria, esperava que Julieta respirasse e em longo e profundo beijo se envenenasse pelo amor, sim o amor que cria asas e fabrica vulcões. Mas, a erupção causada pela morte venceu a criatura.
4 comentários:
Você é praticamente uma poeta huahauhaa, eu me orgulho de você Nadi parabéns pelas palavras maravilhosas sz
Obrigada Natália, muita generosidade sua! Imagina não sou poeta!
Gostei muito do novo texto nah...
Achei ele bem forte... me fez refletir bastante! Parabéns mais uma vez!
E Concordo com a Nat,rs... bj
É fácil existir Julietas. Difícil é existir Romeus. Talvez porque as mulheres além de acreditarem nesses romances desejam viver um. Mas, historia inventada... Romeu inventado... e ainda ilude-se, ainda morre-se só. É mais provável que um morra, que dois. E esse a morrer será sempre a Julieta iludida. Sempre é a Julieta que prefere morrer a conhecer verdadeiramente a vida. Mata-se o amor, morrendo? Não, mata-se só a vida. O amor sempre existirá, a gente vive por ele, então por que matar-se por ele?
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