quinta-feira, 2 de maio de 2013

Expurgo


Eu nasci sendo indesejada, eu cresci sendo indesejada, eu vivo causando chuvas intempestivas em mim, em si.
Seria muito narcisismo pensar que vivo as culpas e medos de quem me rodeia?
O mundo é tão grande, mas em meados momentos acredito que minimiza e passo a ser o centro de devastação do meu próprio mundo e do mundo ao lado. É como se você tivesse um vizinho assassino, usurpador, um ser com problemas em cumprir o que é cível e você passa a viver com medo, receio, mal aproveita a vida, mal sai às ruas, não pede uma colher de chá emprestada, nem ao menos se importa com os outros vizinhos, pois você esta em perigo. Ou que você não saiba, vive enganado por alguém sensível, poético, bom, mas que no fundo é um monstro que causa inúmeros danos a sociedade, sim o falso medíocre ser humano.
Não há como rebuscar a realidade, o que verdadeiramente coloco nesse papel é que sinto o escuro da noite, o cavaleiro das trevas, a moeda sem valor, o abismo, o suposto inferno, o ato de Lady Mackbeth de lavar as mãos. Sim a droga do entorpecente que causa 5 segundos de prazer e a dependência da paranoia  O mal irremediável não seria até que muito para o verdadeiramente quem sou, seria os demais para quem vive com uma espada nissei cravada na jugular, por não ser o vizinho que você pensou... O vizinho que faz os rituais macabros com seu nome pensa que você é o pior entre os melhores que se dedica em lhe causar discórdias, de certezas, o nada que causa tudo, o tudo que verdadeiramente é nada.
Não tenha medo do escuro, ele apenas é a ausência de luz.



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