quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Pegadas na Areia

Um farol ao longe, no alto do mar. Sentei em uma pedra.
Em ressaca o mar se debatia contra as rochas. Podia sentir uma nevasca de garoa.
Lá embaixo a areia fina e clara voava formando um pequeno tornado, o sol se pondo e a lua despontando.
Amantes caminhavam deixando pegadas na areia.
Estrelas cadentes caíam a todo o momento para os amantes declamarem seus pedidos.
As palavras de amor sopradas ao vento formavam uma pequena cerração.
O farol iluminava aquelas longínquas historias.
A lua mais alta e o sol adormecido presenciavam tais nostalgias.
Ao longe no mar, iluminado pelo farol, uma asa batia em movimento. Voava alto. E eu observava.
Cada vez mais próximo, os amantes nem notavam, o feche de luz iluminava a liberdade.
Sentou ao meu lado me olhou, pude sentir sua pele, encostou sua cabeça em meus ombros.
Não podia conter minhas lagrimas, lá embaixo os amantes com falsas juras de amor.
E aqui em cima o amor acontecendo. Beijou minha face, olhou em meus olhos e voou mais alto.
Levando o verdadeiro amor debaixo de chuva.